Artrose e Dieta: como a alimentação pode acelerar o processo?

Escolhas - Alimentos

A relação entre Artrose e Dieta

É fácil perceber que a dieta da maioria da população nos dias atuais não tem nada em comum com a de nossos antepassados. Recentes estudos tem mostrado o que o nossos instintos já vinha nos avisando há tempos mas fingimos não perceber pela comodidade: como a ingestão diária de produtos industrializados pode afetar drasticamente a nossa saúde e levar a um processo de envelhecimento ou degeneração do nosso corpo. Hoje vamos conversar um pouco sobre a relação existente entre Artrose e Dieta, mas o título deste artigo poderia ser perfeitamente “Dieta e sua relação com o Envelhecimento Precoce”.

O aumento da ingestão de carboidratos, principalmente a base de trigo, e produtos industrializados ou processados vem alterando de forma significativa a nossa flora intestinal, e notoriamente nos tornando mais “gordinhos”. Essa alteração do padrão nutricional leva a várias modificações no nosso corpo que podemos destacar as principais como:

  • Ganho de peso;
  • Elevação das taxas de glicose e, consequentemente
  • Elevação dos níveis de insulina no sangue;
  • Acúmulo de gordura nos órgãos e abdome e
  • Liberação de diversos mediadores inflamatórios na corrente sanguínea.

Tratamento Conservador da Artrose e Dieta

Em outro texto conversamos um pouco sobre o que realmente considero como o tratamento conservador da artrose nos dias atuais. Na minha leitura sobra a degeneração articular sempre há um processo inflamatório subjacente que desencadeia todo a lesão na cartilagem. Por isso qualquer tratamento deve ter início preparando o solo, isto é, preparando a articulação. Vamos então iniciar por aquilo que considero a base do processo inflamatório crônico: Aquilo que comemos.

“Você é aquilo que come” é um conceito muito antigo e ao mesmo tempo muito atual. Este conceito tão importante foi definido no ano 377 A.C. por Hipócrates – o “Pai” da Medicina Moderna,  com sua declaração:

Que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio.

evolução-postura-humana-obesidade- Artrose e Dieta

Como o ganho de peso determina a degeneração articular?

Antigamente acreditava-se que o único problema do ganho de peso seria a sobrecarga biomecânica nas articulações, principalmente coluna vertebral e membros inferiores, entretanto o que explica o processo degenerativo que pode ser encontrado em pacientes com sobrepeso também nos ombros/cotovelos e punhos/mãos, articulações que não recebem carga axial? Ou aqueles pacientes com diversos pontos de tendinites? Infelizmente, na minha opinião a explicação está muito mais além do que se ouvia dos ortopedistas nas consultas. Esse entendimento muda de forma definitiva os paradigmas do tratamento conservador.

As células gordurosas, acumuladas no nosso abdome e nas vísceras, são produtoras de hormônios inflamatórios e citocinas que irão promover um desequilíbrio sistêmico favorecendo a degeneração articular, independente de ser uma articulação de carga ou não. Além disso, irá promover uma alteração do padrão hormonal e vitamínico, favorecendo o processo de reabsorção de cálcio ósseo, afetando o osso subcondral (logo abaixo da cartilagem), favorecendo o colapso articular, osteoporose e por fim a degeneração articular ou artrose.

E como controlar a inflamação? 💡

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Para falarmos realmente em tratamento conservador da artrose, é importante que o paciente saiba da sua participação neste processo. Não podemos oferecer todos os benefícios do tratamento conservador sem que haja Mudança de Hábitos. O verdadeiro tratamento conservador se inicia quando melhoramos os hábitos que são prejudiciais à nossa saúde. E nesse contexto, a mudança dos hábitos alimentares são essenciais e necessárias para o protocolo de tratamento, preparando o “solo” para fazer melhorar o padrão articular e muscular.

O objetivo através da reeducação alimentar é diminuir a gordura visceral e o peso corporal, restabelecer a relação saudável entre os triglicerídeos e o HDL e diminuir a resistência insulínica. E isso pode ser obtido com a restrição/diminuição expressiva de carboidratos (derivados do trigo – cuja composição é de amido em mais de 80%) e açúcar da dieta. Vocês com certeza vão se perguntar, por que os carboidratos? Por que não a gordura? Como vou perder minha barriga se continuo a comer gordura? O entendimento para isso está no aumento de um hormônio importantíssimo no nosso organismo em resposta ao aumento da glicose no sangue, A INSULINA! Esse hormônio desempenha papel crucial no estabelecimento e manutenção de peso, além de grande potencial inflamatório o que explica as dores articulares e musculares nos pacientes com alteração glicêmica. Vamos explicar por partes.proporcao-de-doencas-relacionadas-a-dieta-artrose-e-dieta

Trigo: um “Vilão Saboroso” 😈

Encontrado em quase tudo que comemos tais como pizza, pão, macarrão, doces, o trigo que consumimos hoje em nada tem relação com o chamado trigo silvestre. O trigo atual é um produto alterado geneticamente com o intuito de gerar um cultivo mais produtivo, com maior resistência às pragas, à seca e ao calor. Esse trigo não consegue sobreviver na natureza, necessitando das técnicas modernas de fertilizantes. Portanto o trigo que nos é oferecido é totalmente modificado geneticamente, fato que tem levado a alterações no nosso organismo que só são percebidas no longo prazo. Este trigo contém carboidratos que determinam um alto pico glicêmico após ser ingerido, similar ao açúcar.

Logo após ser ingerido, a glicose é transportando ao interior das células, através da ação da insulina, para ser utilizada na geração de energia para as funções orgânicas. Com a ingestão de carboidrato (açúcar) em excesso, as células recebem mais do que necessitam para a geração de energia, sendo este excedente acumulado na forma de glicogênio (reservatório de glicose). Com a ingestão de mais carboidratos, a capacidade de reservatório de glicose através do glicogênio também é excedida e a partir desse ponto, o organismo lança mão de uma via alternativa para o armazenamento da glicose.

Com a manutenção da ingesta calórica em excesso, ocorrem alterações do número e da forma dos receptores de insulina nas  membranas das células, um fenômeno descrito como “Resistência à Insulina”. Por conta dessas alterações, o pâncreas produz mais insulina para manter os mesmos efeitos do hormônio. E é esse fato (aumento dos níveis de insulina) que deflagra a conversão do excesso de glicose em gordura, que se acumulará no abdome e nas vísceras.

Outro hormônio muito importante que age com a insulina no ganho de peso e acúmulo de gordura é a Leptina. Produzido pelas células gordurosas irá atuar no cérebro determinando se há necessidade de comer ou não de acordo com as reservas energéticas de gordura. Quanto maior a Leptina menor o estímulo para você comer. O que acontece nos casos de excesso de glicose no sangue e conversão para gordura é que a Leptina ficará alta constantemente levando a uma alteração no estímulo cerebral, fenômeno similar ao da insulina, que chamamos de resistência à Leptina. Com isso não haverá saciedade e o ato de comer será mais agressivo, principalmente de carboidratos ruins. Está deflagrado o ciclo vicioso da obesidade e da inflamação clínica ou subclínica crônica.

Assim tem início o processo inflamatório sistêmico, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Além disso a glicose em excesso no organismo se liga à proteínas, formando o que chamamos de ” Produtos finais da glicação avançada ” ou AGEs. Esses resíduos inúteis do metabolismo são responsáveis pela aterosclerose, alteração da função cerebral, danos aos tecidos oculares, degeneração das cartilagens articulares, alteração da função renal e câncer. O acúmulo das AGEs é uma explicação adequada para o desenvolvimento de muitos dos fenômenos do envelhecimento.

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E porque é tão difícil deixar de comer carboidratos? 👿

Porque é tão difícil deixar de comer aquele pão quentinho ou aquele doce de sobremesa? Isso se deve ao efeito semelhante à morfina provocado pelo trigo no cérebro, atuando como estimuladores do apetite. O trigo pode determinar o que você come e até horários das refeições, além de influenciar em comportamento e humor. Isso é bastante evidente na hora do almoço quando sentimos uma fome fora do normal muitas vezes descrito até como um “buraco no estômago” que as pessoas sentem após um café recheado de carboidrato.

Uma verdadeira dependência, visto que os polipeptídeos do trigo ligam-se aos receptores de morfina do cérebro, exatamente os mesmos das drogas opiáceas. Um dado para termos a dimensão do problema: na recente história Americana, por mais que tenha ocorrido uma mudança positiva no padrão de prática de exercício físico ao longo das últimas décadas, o número de obesos e diabéticos nos EUA chega a quase 50% da população. Isso é alarmante!

Importante deixar claro que não sou contra o carboidrato, sou contra aos carboidratos ruins, esses sim tem relação direta com elevação do índice glicêmico pós alimentação, resposta aumentada de insulina e desencadeamento de todo o processo inflamatório sistêmica, atingido todos os órgãos e tecidos.

Emagrecer comendo gordura? Como assim? 😯

Como diminuir a gordura abdominal e visceral comendo gordura? E o risco cardiovascular? Na verdade a explicação para isso é que a dieta rica em gordura não altera o nível sanguíneo de insulina, isto é, mantem um índice glicêmico baixo. Com isso, o estoque de glicose nas células será utilizado totalmente e secundariamente a gordura acumulada será utilizada para geração de energia, diminuindo a insulina no sangue e por fim vem a perda de peso e suas consequências biomecânicas e diminuição da condição inflamatória já comentadas.

Mas e o Colesterol, não é ele que faz mal? 😎

Importante citar que o colesterol é uma excelente fonte de energia para as células, essencial para o bom funcionamento cerebral, matéria prima de diversas reações enzimáticas e produção de hormônios (cortisol, testosterona, vitamina D…). É muito importante manter o padrão de ingestão de gordura para fornecimento de energia no nosso organismo, já que a outra fonte será diminuída (carboidrato). Caso não faça isso, os sintomas como fome e cansaço estarão presentes, e a falha na dieta será inevitável. Com isso todos os efeitos nocivos dos carboidratos ao seu organismo voltarão. Entender que o colesterol é essencial para a função normal do nosso corpo é o primeiro passo para compreender os eventos que levaram a sua classificação como “ruim para a saúde”.

Nos meados do século XX, diversos entendimentos e orientações (Guidelines) foram incorporados nos EUA e Reino Unido com diretrizes para a saúde da população. O colesterol foi associado às doenças cardiovasculares (DCV) e mortalidade, e orientações de dieta rica em carboidratos foram então introduzidas. O efeito inverso e assustador é que essa orientação foi determinante para a epidemia atual de doença cardiovascular, diabetes e obesidade. É importante deixar claro que apenas 25% do colesterol sanguíneo vem da dieta, sendo assim a ingestão de alimentos ricos em colesterol tem pouco impacto nos níveis sanguíneos.

O que hoje sabemos é que o evento desencadeador das DCV é um processo inflamatório crônico. E a glicose alta associada a um aumento da resistência à insulina seriam indutoras no processo. Países que tem altas taxas de colesterol na população e dieta com baixa ingestão de carboidratos tem menor percentual de DCV.

😉 Fato curioso: Pacientes idosos com colesterol baixo tem maior risco de morte que àqueles com colesterol alto. A supressão da ingestão de carboidrato faz com que o organismo utilize a gordura como fonte de energia preferencial, diminuindo assim a gordura abdominal e visceral. Não tendo mais excesso de glicose circulando o fígado não precisa estocar glicose em forma de gordura (liponeogênese) e isso tem um efeito benéfico não só como medida anti-inflamatória mas também com perda de peso, melhora do processo degenerativo articular e musculotendíneo.

Para concluir, Artrose e Dieta …

… estão intimamente relacionadas, assim como o envelhecimento precoce. Pelo que foi colocado, o “solo” para o tratamento conservador está diretamente ligado às mudanças nos hábitos alimentares, que irão não só proteger nosso cérebro e órgãos do processo degenerativos (envelhecimento precoce), como também melhorar o ambiente articular favorecendo a anabolismo da cartilagem, sendo o pilar fundamental no tratamento conservador da artrose.

É importante deixar claro que as orientações que passo para os meus pacientes não são uma “receita de bolo”. A avaliação e acompanhamento de um nutrólogo experiente são essenciais nesse aspecto. Só para termos uma ideia de quão complexo estão os estudos sobre Nutrologia, já temos hoje a Nutrigenética. Essa técnica permite avaliar o perfil genético dos meus pacientes determinando nossas verdadeiras necessidades nutricionais de forma individualizada, ajudando o nutrólogo a personalizar suas orientações , maximizando os resultados e determinando uma melhora do perfil metabólico e controle de peso.

Um Último Conselho:

Mudanças de hábitos nem sempre são coisas fáceis de se fazer. Hábitos enraizados por anos não mudam da noite para o dia sem uma dose grande de sacrifícios. Muitos não conseguem pagar o preço e se mantem sem muitas alterações. Dada as estatísticas de fracasso em mudanças bruscas (de uma só vez nas suas rotinas) eu aconselho que as mudanças sejam feitas de forma progressiva e planejada. Faça mudanças pequenas no mês, mas as faça todos os meses e você verá ao final de um ano quanto foste capaz de mudar. Traçar metas é fundamental. Escreva num papel um planejamento mensal até um ano. Por Exemplo: Este mês eu corto o refrigerante do almoço (água com gás tem sido uma opção pra mim, mas pode ser água de coco natural também) e diminuo o peso do meu prato em 25%. E lembre-se: não é um exagero em uma festa que faz você engordar mas sim a rotina do dia a dia.

Pra terminar gostaria de lembra-lo que esta não é uma corrida de “quem chega primeiro”. É uma corrida de “quem consegue chegar”. Então não fique ansioso ou desestimulado se não emagrecer tão rapidamente como você gostaria. Basta que você caminhe na direção certa que aos poucos você vai voltando ao seu peso ideal e uma condição de saúde muito melhor. Afinal de contas, você também não chegou ao seu peso da noite para o dia. Sobrepeso não é somente aumento de carga sobre uma articulação, seu efeito mais importante está no processo inflamatório sistêmico que além das doenças cardiovasculares tem relação íntima com degeneração articular e falha no tratamento conservador.

Dr. Bruno Tavares Rabello

Especialista em Artroscopia do Quadril pela AANA

Especialista em Medicina Regenerativa pela AABMR

Membro titular da ISHA/ICRS/SBQ/SBOT

 

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11 Comentários


  1. Boa Noite,
    É importante salientar a importância do profissional nutricionista no tratamento.
    Haja visto que, o Nutrólogo, não é apto a fazer prescrição de cardápios/plano alimentar.
    Abraço.

    Responder

  2. Muito bom o seu artigo.
    Mas, fiquei com uma dúvida. … Se paro de comer o trigo , o que comer no seu lugar?
    Qual seriam os alimentos -além das frutas – ideais para se comer no café da manhã ?

    Responder

    1. Olá
      Essa era minha dúvida também quando deixei de comer trigo e hoje vejo que existem várias opções para uma verdadeira alimentação. Indico o site da minha amiga Ana Gusmão – dietadoc.com onde existem diversas informações e também receitas. Abraço

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  3. Boa noite! Eu tenho um quadro que reflete como uma artrose precoce. Foi ocasionado aos 17 anos de idade (18 anos atrás) por uma bactéria chamada piomiosite tropical que se alimentou do meu psoas deixando como sequela uma reduçāo da mobilidade do quadril com a articulação endurecida e praticamente sem liquido sinuvial. Alem das dores que após anos de sofrimento consegui reduzir com a suplementaçāo diária de colágeno hidrolisado e um conjunto de vitaminas carreadores como a vitamina C, e vitaminas do complexo B. Fiquei bastante interessado pela sua pesquisa em alternativa a cirurgia de prótese de cabeça de femour. Gostaria de saber quais as chances de eu me beneficiar dessa tecnologia e se isso seria capaz de me devolver a mobilidade na articulação.

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  4. Sofro de artrose nos dois joelhos. Tenho tido dores terriveis qual tipo de lanche posso fazer pois pretendo cortar o trigo

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    1. Olá
      Na verdade o trigo é um componente desse complexo sistema inflamatório relacionado a dieta. Sugiro ter uma avaliação profissional na área para ajuda la.
      Grande abraço

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  5. DE. BRUNO, FIQUEI ENCANTADA COM SEUS ESCLARECIMENTOS!!!!!! TENHO DORES POR TODO O CORPO, DORES NOS JOELHOS, JÁTIVE BURSITE E TENDINTES, JÁ TENTEI VÁRIOS TRATAMENTOS E FISIOTERAPIAS! TENHO 68 ANOS E TENHO ESTADO DESANIMADA.PENSO QUE TALVEZ A ALIMENTAÇÃO SEJA MMESMO FUNDAMENTAL! SEUS ESCLARECIMENTOS SOBRE OS CARBOIDRATOS SÃOMARAVILHOSOS! GOSTARIA DE ESTAR RECEBENDO SUAS OORIENTAÇÕES E DE DIVULGÁ-LAS COM MUITO PRAZER!!!! GOSTARIA DE FAZER UMA CONSULTA NO INTO. ….QUEM SABE EU PODERIA TER UMA MELHOR CONDIÇÃO E ME LIVRAR DE TANTAS DORES, NÃO É? ???? UM GRANDE ABRAÇO E….PARABÉNS! !!!!!

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    1. Muito obrigado ! Esse é um típico quadro de processo inflamatório sistêmico e a dieta é um dos pilares fundamentais do tratamento conservador. Grande abraço

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  6. Excelente artigo, muito esclarecedor. Tenho prótese de quadril há mais de quinze anos, inclusive com uma cirurgia de revisão. Sempre pratiquei atividades físicas e controle do peso, a minha dieta é orientada por nutricionista há muitos anos, pois percebo que o aumento de peso corporal não é legal para as minhas articulações. Fico feliz em ver um médico cirurgião com um olhar amplo e que nao fica restrito apenas a questão do osso e da cirurgia. Parabéns!

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    1. Muito obrigado! Essa é a minha visão de um tratamento conservador. Tenho certeza que o tratamento convencional de anti-inflamatório, fisioterapia e te vejo quando acabar as sessões é superficial e ineficaz na maioria dos casos complexos. Grande abraço

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